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ah pois é...

ah pois é...

Sem carro, mas feliz...


Susie Sue

17.10.18

Felizmente que viviamos em Lisboa. E também tinhamos o metro perto de casa,a uns 5 a 10 minutos a pé. Não morávamos no centro mas sim nos arredores de Lisboa. Aliás quando estava grávida da minha Rakel, quando tinha consulta, ecografia, ou análises para fazer no hospital Santa Maria, em vez de ir com o Miguel para casa de transportes, iamos a pé. Eu adorei esses nossos passeios. iamos pelo jardim do campo grande que tinha um lago, patinhos, ou seja um jardim no centro de lisboa. deviamos levar uma hora a chegar a casa. Mas sempre a passear, não tinhamos pressa.

Bom continuando. Como ainda não tinhamos carro, iamos a todo o lado de autocarro, metro, comboio, e o melhor de tudo era quando iamos fazer as compras para encher o frigorifico e a despensa. Lá iamos nós os quatro, eu o Miguel a mãe dele e a Rakel no carrinho de bébé. Para ir às compras podiamos ir a pé, ainda ficava a uns 20 minutos a pé, mas para ir para casa, ou de autocarro ou de táxi. claro que de táxi ficava muito mais caro, e de autocarro eu e o Miguel nem pagávamos, pois bastava passar com um cartão a fingir que tinhas o passe, e com a confusão de entrarmos no autocarro com o carrinho de bébe com a Rakel a curtir o passeio e nem sei como mas o carrinho dela vinha cheio de sacos super carregado, Era sacos pendurados de lado, era sacos em baixo, ou seja aquele carrinho aguentou muito bem. Também era um todo "xpto", que a minha irmã me tinha emprestádo. E essa minha irmã só usa coisas de topo e de marca, apesar de depois vir a descobrir que a minha mãe tinha lhe ajudado a comprar aquele carrinho de bébé. Claro que não fiquei pasmada porque ela sempre teve tudo que quiz dos nossos pais.

A mim nem sequer foi ver a sua neta Rakel quando nasceu ao hospital. Estava de férias no Algarve no seu apartamento em Vila Moura. Ela e o meu pai claro.

Concluindo, fazia tanto ou talvez fazia mais e saia mais quando não tinha carro do que agora com carro.

Por isso muitas vezes até tenho ciúmes das pessoas que estão nas paragens, que não têm os stresses do transito, de estar sempre a gastar dinheiro no carro, ou é o seguro, ou o selo, gasolina cada vez mais cara, enfim como eu digo "ce la vie..."

Trabalhos me deram....


Susie Sue

15.07.18

Quando a minha primeira filha nasceu ficámos a viver com a avó paterna. foi ela que nos ajudou e apoiou sem questionar e sem sequer pensar. Claro que tratei de tudo a que tinha direito na segurança social. Até nem fazia ideia que tínhamos assim apoios do estado por estar grávida e que podia ter direito ao rendimento mínimo.

Bom adiante. Depois de a nossa Raquel nascer, continuámos a viver com ela. Só que felizmente conseguimos ganhar juízo e eu consegui arranjar trabalho numa pastelaria muito movimentada lá da zona. ficava a uns 10 minutos a pé de casa. A Raquel já estava quase com 4 meses e eu sempre a tentar pôr ela na creche da Santa Casa da Misericórdia. Entretanto eu não podia dizer que estava a trabalhar porque senão tiravam o rendimento e como a dona do café também não queria pôr a descontar-me, conseguia ir aos centro de emprego quando tinha que apresentar-me. Porque senão fosse, podia perder o direito aos apoios. Assim estava a receber do estado, e a receber do trabalho que diga-se fui bem explorada. Trabalhava das 7:30 até às 15:30, sem ter hora de almoço. Claro que almoçava mas era a correr e nem me sentava. E como trabalhava bem, depois de dominar tudo como funcionava o café, a dona pôs me a fazer os almoços numa cozinha minúscula. Ou seja trabalhava como cozinheira a ganhar 400€ por mês e a folgar só ao sábado. 

Ao principio a Raquel ficava com o pai pois ele ainda não tinha arranjado nada e como a mãe dele trabalhava não podia ficar com a Raquel.

Como estava constantemente a ir à SCM, pedir para a Raquel entrar, e depois de ter ido com o Miguel a reuniões com assistente social, com psicóloga da SCM, e por fim com a diretora da creche junto com a assistente e com a psicóloga a reunião final comigo e com o Miguel. Claro que dissemos que precisávamos de pôr a nossa bebé ali para procurar trabalho, e fazermos as formações que o centro de emprego mandava fazer, e ir às entrevistas do centro de emprego. Há pois é, não era só receber o cheque, é que senão fossemos, pimba, lá se ia o abono e o rendimento.

A Raquel entrou na creche. Pagava uma quantia insignificante. Mesmo assim era uma das que pagava mais. havia quem pagasse 5€. 

 

  

O meu vizinho rico...


Susie Sue

11.07.18

Ah pois é...tive a sorte de ter um vizinho praticamente da minha idade, só um pouco mais novo, talvez meses, que de todos os miúdos e miúdas do bairro, só brincava comigo. 

A casa dele ficava atrás da minha, era só ir ao terraço e saltar a rede que até já tinha a dobra de nós saltarmos. Era o puto rico do bairro. a casa dele era do tamanho da da rua toda por trás da minha. ou seja fazia umas dez ou mais casas da minha. Tinha uma bruta piscina, a casa gigante, depois para baixo tinha uma quinta com laranjeiras, uma vacaria, e até tinha porcos. À frente da casa era um jardim e a piscina. Mas o jardim era mais um pátio para andar à volta da piscina e para os carros entrarem. 

Tinha piscina e tinha tudo que nós os putos curtíamos, queriam se fazer de amigos dele só para tirar proveito.

Mas comigo era diferente. Primeiro crescemos juntos e todas as curiosidades que temos em criança, como aquelas brincadeiras de jogar ao pai e à mãe, a tentar fazer como nos filmes, o primeiro beijo na boca, etc, etc.

Passávamos dias inteiros juntos, principalmente nas férias porque quando havia escola durante os dias da semana mal o via. O que gostava muito era de ir para o sótão da casa dele. todo arranjado com mesa de snoker, mesa de Ping-pong, com lareira, tudo em madeira com uma vista linda. Sentia-me bem ali. era muito acolhedor e quentinho pois íamos mais para lá no inverno. Devo ter sido a única a entrar na casa dele. O quarto dele já tinha uma televisão gigante, coisa que na altura só havia uma TV em casa de cada família. 

Também gostava muito da ama dele. Sim ele tinha uma ama desde que nasceu. A mãe dele era mais fria, era raro vê-la. A ama dele pequenina e já com os cabelos todos brancos, é que nos trazia um lanche às escondidas. é que dentro de casa não se podia comer. Ele comia sempre na casa de baixo com a ama. Por acaso era uma família estranha.

O pai era arquiteto e tinha uma empresa de construção. A mãe não fazia nada, mas fumava muito. Tinha uma irmã mais velha e um irmão e esse sim era mesmo estúpido. A irmã dele chegou a namorar com o meu irmão mais velho e o irmão dele a namorar a minha irmã mais velha. Mas felizmente não durou muito, ainda eram muito jovens. 

A ama dele e o seu marido cuidavam da casa e da quinta. Lembro-me de ficar a olhar para o velhote a cuidar das vacas, dos porcos e ficava sempre preocupado connosco para não irmos para junto do boi. 

Bom, ainda tenho muito para contar sobre o meu vizinho rico. Se quiserem saber mais, comentem à vontade. Bjinhos... 

O meu primeiro dia de aulas....


Susie Sue

07.07.18

Ah pois é, o meu primeiro dia de escola foi muito marcante. Claro que é um dia marcante para todos nós, acho que ninguém se esquece desse dia. Felizmente entrei um ano mais tarde, como faço anos em novembro não entrei com 5 anos. Então foi contar como foi esse meu dia especial.

Logo para começar fui para a escola sozinha. Quando chego à escola começo a ver os meus colegas com as mães todos contentes com as lancheiras novas, a despedirem-se das mães, e elas a continuarem lá fora à espera que os filhos entrassem na de aula. 

Pois eu, nem lanche tinha, quanto mais mãe para dizer adeus. Mas não fica por aqui. Para piorar ainda mais calhou me a professora com ar de bruxa. Claro que sentei me logo numa carteira das de trás. Quanto mais despercebida passasse melhor. Felizmente já sabia ler e escrever. É que a minha mãe desde os meus 5 anos pos-me numa explicadora. Hoje em dia é chamado, sala de estudos. Aliás, a mim e à minha irmã que também entrou um ano mais tarde. Temos diferença de dois anos. Quando eu nasci ela fez dois anos e calhou mesmo no mesmo dia, certinho. Mas não podiamos ser mais diferentes.

Quando entrei para o segundo ano tive a sorte de ter mudado de professora. A bruxa tinha se reformado. E pronto foi assim que comecei a escola. Não culpo a minha mãe por não ter me acompanhado à escola no meu primeiro dia de escola, mas, nunca vou me esquecer. Até porque ela nem trabalhava, e quem era o meu encarregado de educação sempre foi o meu pai.

Infância....


Susie Sue

05.07.18

Ora aqui estamos. A bela e feliz infância. Sem responsabilidades, sem problemas, só viver a vida. Mas...é claro que nem todas as crianças tinham essa sorte. Eu por exemplo. É verdade, eu vivi a minha infância revoltada por não puder ter o normal que as crianças gostam e vibram por aquelas epocas festivas como por exemplo o natal.

Quando um miudo ou miuda fazia anos no bairro, eu não podia ir. No carnaval, não podia me mascarar, mas o que me custava mais era o natal. Dia 25 de Dezembro. O dia mais triste do ano. Sem prendas, sem amigos para brincar, um silêncio assombroso quando abria a porta da rua na esperança de ver alguem.

O bairro parecia estar abandonado. Nem um carro passava. E mesmo com familia grande, a manha do dia de natal em casa era silenciosa. Tudo a dormir porque tinham passado as ultimas 48 horas a trabalhar. Eu também já ajudava mas o chefe de família, ou seja o meu pai, mãe, os meus dois manos mais velhos, a minha irmã mais crescida e a minha irmã mais velha que eu dois anos. Como o nosso pai conseguiu com muito trabalho e cabeça iniciar a sua empresa, os meus manos trabalhavam com ele. Mesmo que estivessesm a trabalhar noutro lado, no natal trabalhava tudo na fábrica de pastelaria do nosso pai. Nessa época era muito bom. Fazia-se muito dinheiro. Desde o princípio do mês de Dezembro que era só trabalho. Claro que o nosso pai tinha de por mais pessoas a trabalhar na fabrica e até não pagava nada mal. 

Mas, continuando. No dia de natal podia não ter prendas, e não estar com primos, tios, tias, mas iamos sempre almoçar fora. Isso já fazia parte do ritual. E não eramos a única família a fazer isso porque tinhamos sempre esperar para ter mesa. Ainda por cima eramos sete.

Assim ficam a saber como era o meu natal em criança. 

ce la vie....


Susie Sue

04.07.18

ah pois é...se acham que ser humilde, honesto, bom coração, e por ai diante, esqueçam. não vale a pena. claro que temos excepções, como por exemplo para a família. mas quando digo "familia", quero dizer que devemos sempre por a família em primeiro lugar. 

sempre disse que mesmo sem saber porquê, se é verdade ou mentira, se tem razãp ou naõ, por mais que saiba que até pode não ter nexo nenhum, vou sempre ficar e defender a família. 

Mas, há sempre um mas, temos exceções. Eu por exemplo sou de uma família grande. A mais nova de 5. Então sou eu e depois com mais dois anos uma irmã e até nasci no mesmo dia dela, certinho. Depois com mais oito anos que eu outra irmã, com mais dez anos outro irmão e por fim o mais velho com mais 12 anos que eu outro irmão. Uma casa cheia. Cinco com mais pai e mãe, uma família de sete pessoas.

Para quem tem uma família grande sabe bem como é. Bom, eu vou contando como é.

Fui.....😋

 

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